domingo, 27 de dezembro de 2009


Aos meus alunos e a todos os visitantes,

Desejo que o Ano de 2010 seja locupleto de realizações.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Nascimento do Annales (1ª Geração)

No dia 15 de janeiro de 1929 nasce a Annales d´ histoire economique et sociale, uma revista de história idealizada por Lucien Febvre e Marc Bloch. Esta revista tem como objetivo trazer uma nova visão do que é história e como o modo de fazer história deve mudar.
Seus fundadores, assim como outros historiadores da época, cansados de ver a história contada por interesses através da política, guerras e de indivíduos e seus feitos, se propõem em trazer uma nova visão: a história como problema.
O século XIX é marcado por movimentos de especializações, onde nascem as ciências. Para isso são muito utilizados métodos rígidos que fazem das ciências e seus profissionais, especialidades e especialistas fechados em si. Este é o período do positivismo e da metódica, que antecede aos Annales.
Com isso a história se afirma como ciência, ganha reconhecimento e profissionais especializados, ganha seu método, mas ao mesmo tempo perde, porque estes métodos reforçam que a história seja feita através de documentos oficiais.
Febvre e Bloch não têm esta visão fechada da história, e tanto um como o outro acredita na interdisciplinaridade. Febvre sente-se muito atraído pela geografia e Bloch pela sociologia, mas ambos sabem e fazem questão de trazer para a história outras ciências sociais, acreditam que desta forma irão enriquecer o conhecimento histórico e quebrar barreiras.
Portanto ao fundar a revista dos Annales juntos de Febvre e Bloch estão: historiadores, antigos e modernos, mas também um geógrafo (Albert Demangeon), um sociólogo (Maurice Halbwachs), um economista (Charles Rist) e um cientista político (André Siegried). (Burke, 1997, P33).
O movimento do Annales não apenas se propôs a mudar a visão da história, como também se tornou história.
O interesse dos Annales por uma história problema e de acrescentar também outras ciências sociais ao mundo da historiografia abre a oportunidade de se pensar a história por novos olhares, dando importância e utilidades para outros documentos, os não oficiais, como monumentos, relatos, fontes orais, crendices populares e o que conhecemos por iconografia.
Incorporando todas essas ciências sociais e aumentando as fontes trabalhadas, todos que desejavam uma nova história, participantes do movimento dos Annales ou até mesmo anteriores a este, com certeza se sentiram mais satisfeitos, pois a história estava aberta e sem preconceitos para a chamada história das mentalidades.
O interesse por estudar mentalidades, assim como psicologia histórica, já era desejada desde muito tempo antes de Febvre e Bloch, porém para a história oficial estes interesses eram vistos relativamente como marginal. Mas Bloch foi pioneiro ao se interessar por estudar a crença muito difundida na idade média dos reis que curavam doentes apenas com um toque (Burke, 1997, P28).
Este com certeza foi um estudo com a temática voltada para as mentalidades, e, portanto Bloch foi criticado, pois ousava em estudar algo que para história oficial não tem importância.
Muitos foram os preconceitos, as críticas e obstáculos ao movimento dos Annales, mas a determinação e o esforço de seus fundadores fez dos Annales, um movimento historiográfico cada vez mais crescente com muito sucesso desde seu início, pois foi inovador e corajoso.
Lucien Febvre e Marc Bloch mantiveram sua ideologia sempre viva, a tal modo que os Annales ganham mais duas gerações após sua fundação.
Essas novas gerações são conhecidas com A Era de Braudel e a terceira geração, que continuam a seguir os passos da primeira que é justamente inovar a história.
A contribuição dos Annales para a humanidade sem sombra de dúvidas foi tão extensa que de fato pode se dizer que foi um marco de uma nova era, onde a história que é o estudo de fatos realizados pelo homem desde seu surgimento no planeta até hoje ganha finalmente a merecida liberdade para analisar sem interesses de poderosos (História Oficial) seu objeto de estudo: O Homem.

Bibliografia

BURKE, Peter A Escola dos Annales (1929-1989): A Revolução Francesa da historiografia. – São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997.

CARDOSO, Ciro F. Uma Introdução a História. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.


Texto produzido por Maria Cristina Freitas, aluna do 2º Semestre do Campus de Itaquaquecetuba.

O Candomblé no Brasil

O Candomblé é o culto dos orixás, de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro - brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá e México. Na Europa: Alemanha, Itália, Portugal e Espanha, Cuba, mas foi no Brasil que está maravilhosa religião a qual faço parte que se fortaleceu. A religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás,Inquices,Voduns, sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e 1888.“A partir da década de 1960 conheceram significativo reavivamento religiões tradicionais, entre elas as religiões dos orixás constituídas na América, verificando-se a grande expansão do candomblé, que na Bahia se alastrou por todo território brasileiro, e da santeria cubana, agora também cultivada nos Estados Unidos, sobretudo entre os imigrantes hispano-americanos.Isso fez proliferar as publicações sobre as religiões dos orixás” (grifo nosso).Isso mostra que realmente o Candomblé, se alastrou pelo mundo a partir dos anos 60Através das informações adquirida, pelo meu Babalorixá Senhor Odé Taió, e pela pesquisa feita por nós no livro Mitologia dos Orixás do autor Reginaldo Prandi (2001), que durante toda a iniciação dos Babalaôs ou Pais do segredo, no qual são submetidos para o exercícios da atividade oracular, o Babalaô aprende essas histórias primordiais que relatam fatos do passado que se repetem a cada dia na vida dos homens e mulheres.Onde todos que já são iniciados a Babalorixá ou Yalorixá, podem jogar o seu oracular do jogo de búzios; tanto o senhor Ode Taió quanto o livro do autor Reginaldo Prandi(2001), fala que o próprio orixá Orunmilá (Deus do oráculo) foi sendo esquecido passando a Exu a ocupar o papel central na pratica oracular do jogo de búzios. O candomblé e o culto aos orixás os quais representam as forças da natureza, nos seus ritos e cultos em todo o mundo, gostaria de dar, dois exemplos destes orixás. Oxóssi orixa que representa a caça para erã (carne) para a mesa dos homens o qual também e responsável por abrir caminho pelas florestas e matas serradas onde podemos dizer que este orixá (oxóssi) é o grande caçador. Ossaim orixá filho de Nanã o qual vem ser o senhor das folhas, da ciência e das ervas, orixá que conhece o segredo da cura através das folhas e raízes encontradas na nossa natureza, e o mistério da vida, onde podemos dizer que tanto no ritual como diariamente usamos os conhecimentos adquiridos por este orixá.

Bibliografia:PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás – São Paulo: Companhia das Letras, 2001.


Texto produzido por Robson Faria Soares e Maria Márcia da Silva Amorim, alunos do 2º Semestre do campus de Itaquaquecetuba.

Aos Monitores da Disciplina de Tecnologia

Aos alunos:



2º Semestre do Campus Dutra: Eric Lacerda Farina.

2º semestre Campus Itaquaquecetuba Alex Meusburguer.

6 º Semestre Campus Dutra Rodrigo Madureira Ribeiro.

6º Semestre Campus Itaquaquecetuba André Castanho Furlan.



O meus mais sinceros agradecimentos!!!!

O impacto do homem de Neanderthal, na sociedade atual em relação as divulgações em revistas científicas e literaturas

Esta pesquisa tem o intuito de demonstrar outro olhar em relação às pesquisas de historiografia e a sua utilização como conceitos deliberadamente firmados em um conhecimento fundado em diversos campos do saber, ou seríamos talvez forçados a aceitar as imposições, mesmo às vezes, notoriamente errôneas, contudo, com a ajuda da mídia e de nenhuma renovação nos conhecimentos de pesquisa, levantamos com isso a seguinte questão: “Qual o impacto do homem de Neandertal, na sociedade atual em relação a divulgações em revistas cientificas e literaturas de estudos históricos?

A imposição ideológica da aceitação de uma única perspectiva sobre “teorias” em relação ao surgimento e desenvolvimento do homem nos relatos históricos, mesmo podendo existir escolhas entre pesquisas cientificas em relação a um mesmo assunto, muitas das vezes por uma imposição ilusionista, através de divulgações mediante o poder da mídia, com forte influência relevante conforme a um possível interesse próprio, acaba sucumbindo à visão da sociedade, quase que por submissão.
Na idade média, ocorreu uma forte repreensão em relação a pesquisas científicas, todo o conhecimento, em certo período, era vinculado aos mosteiros, qualquer que se levantasse contra, os pensamentos da igreja, era ridicularizado, censurado e, às vezes, acabava dizimado pela “santa” inquisição, entre tantos fatos conhecidos podemos citar o caso de Galileu Galilei, onde suas descobertas científicas, o levaram ao seu julgamento e condenação.
Sendo assim, este trabalho tem o intuito de afirmar que em alguns casos, referente a pesquisas históricas, nós estamos vivendo na atualidade uma moderna inquisição histórica, científica e sociológica.
O intuito dessa pesquisa, focando em um período na história da humanidade, onde a soberba envolvida por uma obscura e soberana “sabedoria”, até os dias atuais se tem, por muitos historiadores, como a única hipótese do surgimento e do desenvolvimento (ou evolução) do homem, como “verdade absoluta”, este é o período pré-histórico, em específico o período paleolítico.
Trataremos em relação do homem de Neanderthal, e pesquisas antigas e atuais a respeito desse achado arqueológico e a sua utilização no ensino na atualidade.
Primeiramente, será que em todos os tipos de pesquisa poderíamos insistir na possibilidade da inexistência de uma verdade absoluta?
Seriam possíveis, as pesquisas nos ramos científicos, terem forte impacto influente nas pesquisas históricas? Se tiverem quais seriam as conseqüências?
Onde muitas vezes somos impulsionados pela advertência de que nunca se pode legitimar nenhuma hipótese, pois não se tem conhecimento de um possível real absoluto, porém, esta afirmação por si mesma se torna um real absoluto, mostrando assim a hipocrisia no confronto a um novo conhecimento. Pode-se negar a existência do real, porém, ironicamente, deve-se admitir a existência de inúmeras mentiras absolutas, onde se apresenta uma longa distância, entre teoria histórica próxima de uma verdade concreta e outra ideologicamente e propositalmente errônea e enganosa, onde na maioria dos casos, esta ultima não traz consigo nenhum embasamento empírico.
Entre tantos historiadores dedicados aos métodos de pesquisa nos estudos históricos, utilizaremos nesta pesquisa, uma obra de March Bloch intitulada de “Apologia da História, ou, O ofício do historiador”.
Bloch (2001, p.69) nos diz que “O historiador, por definição, está na impossibilidade de ele próprio constatar os fatos que estuda (...) das eras que nos precederam, só poderíamos, portanto falar segundo testemunhas”. Tendo esse procedimento bem estabelecido, será esse nosso pré-requisito como fundamentação base de nossa pesquisa, tendo como base do período paleolítico a obra de Gordon Childe intitulada “O que aconteceu na história”.
Geralmente, quando nos referimos ao estudo de hominídeos, devido ao senso comum, costumeiramente interpretamos como homens de aspectos totalmente selvagens e de todo o tipo de incapacidade que se pode imaginar, porém, ao realizarmos uma minuciosa leitura da obra de Gordon Childe, em relação à civilização dos Neandertais, observamos todo um complexo de sociedade desses hominídeos, em aspectos culturais e econômicos, Childe (1981, p. 37) mostra-nos que “apesar de seu corpo primitivo, necessitam também de uma cultura espiritual”, exemplificando isso com uma consagração aos parentes mortos, com ritos fúnebres, façamos uma observação, onde está a selvageria? Sobretudo no parágrafo anterior Childe (1981) apresenta os neandertais sem nenhuma definição biológica, sem codificação de DNA, como podemos ser convictos de que realmente esses neandertais são de gênero humano?
Ceram (1967, p. 30) faz um questionamento interessante dizendo “Quem de nós quebra a cabeça para saber onde o autor da legenda obteve esse conhecimento”. (relacionado ao achado arqueológico como imagens, esculturas, consideramos também os “supostos” fósseis hominídeos), e quando a comparação é feita por pedaços de ossos com comparação subjetiva e imaginária, com isso vale apena lembrar a observação feita por Bacon (1999, p.33) onde o autor esclarece que “O homem, ministro e intérprete da natureza, faz e entende tanto quanto constata, pela observação dos fatos ou pelo trabalho da mente, sobre a ordem da natureza; não sabe nem pode mais”.
Mesmo com observações na história, e em outros campos da ciência, ainda se propagou, e continua a exposição do Neandertal, tanto em literatura acadêmica e didática, porém, se resultados de pesquisas cientificas já constataram a fraude desse suposto antepassado, voltamos a exaltar a pergunta feita anteriormente, Seriam possíveis, as pesquisas nos ramos científicos, terem forte impacto influente nas pesquisas históricas? Se tiverem quais seriam as conseqüências?
Faremos aqui uma referência a uma publicação da revista Nature de agosto de 2004, encontra-se uma afirmação de um comitê da universidade de Frankfurt, sobre várias fraudes referentes ao professor de antropologia Reiner Rudolph Robert Von Zieten, sendo obrigado a renunciar sua cadeira após o ocorrido. Porém, porque o intuito de citar esse acontecimento, porque, esse mesmo professor era responsável pela datação do crânio de Paderborn, um dos achados mais importantes em relação aos neandertais, era datado, segundo Zieten, de 27, 400 anos, quando realmente se tratava de um crânio do século 18.
São esses os tipos de evidências, que os cientistas dizem que possuem sobre as antigas civilizações pré-históricas, sendo que na realidade são “evidências imaginárias”, e o incrível é observarmos historiadores aceitando esse tipo de evidência, quando não foi isso que March Bloch nos relata em sua obra.
Com isso, o referente trabalho tem por intenção, de expor a seguinte conclusão, a partir das definições dos teóricos da história, pela utilização dos diversos campos da ciência e, sobretudo a razão lógica dos fatos, devemos admitir que, se esse estudo dos antepassados pré-históricos tem como objetivo revelar a origem do homem, um homem de pensamento científico poderia afirmar uma suposta evolução de espécie, um homem religioso poderia afirmar uma existência de um Deus criador, contudo, o historiador sob este aspecto de estudo, deve apenas se pronunciar da seguinte forma: “Não sabemos”, demonstrando assim os limites do historiador, não a sua incapacidade, mas a sua sinceridade diante dos fatos apresentados, com isso a História permanece como ciência, fora disso transforma-se em produto ilusório da sociedade.



Bibliografia utilizada:
CHILDE, Gordon. O que aconteceu na história. 5.ed. São Paulo; Zahar Editores, 1981.
CERAM, C.W. Deuses, túmulos e sábios. São Paulo; Círculo do livro, 1967.
BACON, Francis. Novum organum. São Paulo; Abril cultural, 1973.
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. São Paulo; Jorge Zahar, 2002.



Texto produzido pelo aluno Antonio Francisco da Silva Filho, 2º semestre do Campus Dutra.

A Semana de Arte do século XX e o modernismo

Oficialmente o movimento modernista brasileiro inicia-se a partir do século XX, com três festivais realizados no Teatro Municipal de São Paulo. Representou um grande paço na arte contemporânea do Brasil, criou-se um novo conceito de poesia através da declamação, inovação na música com concertos, pinturas, esculturas e desenhos arquitetônicos, com correntes estéticas vindas da Europa no início do século.
O evento trouxe a quebra entre o velho e o novo, contando com o apoio da nata da sociedade paulista, mas toda essa inovação dispertou interesse e estranheza por parte do público, causando vaias da platéia enquanto Menotti Del Picchia apresentava a intenção e os objetivos do evento. O país naquele momento, vivia uma gradativa industrialização e em particular na cidade de São Paulo. Havia um começo de bem estar, sensação de euforia por parte dos jovens intelectuais brasileiros, por conta das festividades do Centenário da Independência.
A participação dos artistas na pintura contou com a presença de: Di Cavalcanti (autor da capa do trabalho), Anita Malfatti, Vicente Rego Monteiro, Zina Aita, John Graz, Martins Ribeiro, J.F.de Almeida Prado, Ferrignac e Hildegardo leão Velloso. Na volta dos estudos realizados na Europa, a pintora Tarsila do Amaral participa mais tarde ao grupo. Música: compositor Heitor Villa-Lobos, Guiomar Novais como interprete.
Arquitetura: Antônio Moyá e Georg Przirembel.
Toda essa ebulição artística e de cunho intelectual, trouxe positivamente um amadurecimento para as artes nacionais, dispertando os artistas para uma nova ideologia. Porém, Oswald de Andrade, apresentou-se debaixo de muitas vaias, Mario de Andrade, declamou a Paulicéia desvairada, também reprovado por parte da platéia. Anteriormente a Semana de 22, Lasar Segall (1913) e Anita Malfatti (1917), apresentaram suas exposições com severas críticas de Monteiro Lobato no artigo Paranóia ou Mistificação? A reação dos jovens foi imediata ao modelo acadêmico, a cópia e aos hábitos seguidos pela burguesia.
A Semana de arte de 22, com todos os seus contratempos, favoreceu a renovação no sentido nacionalista e configurou em vários movimentos e manifestos importantes rendendo até os dias de hoje para a valorização do que é nosso.


Referências
AMARAL, A. Aracy. Artes Plásticas na Semana de 22.5.ed.São Paulo:Editora 34,1998.336p.Disponível em:< http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=LHuZVkUgsP8C&oi=fnd&pg=PA9&dq=artes+plásticas+na+semana+de+22&ots=o0wygTAqfP&sig=pqBpDxgLSoO1> acesso em:5 nov.2009,15:00.

http://www.tarsiladoamaral.com.br/index_frame.htm

Fonte Iconográfica: Semana de arte de 22, Disponível em < http://www.dicavalcanti.com.br/dec20.htm > Acesso em: 5 de Nov.2009,18:00.

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=marcos_texto&cd_verbete=3758


http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.rede/arte-e-patrimonio/projetos-1/projeto-1/arte-brasileira-50-anos-de-historia-no-acervo-mac-usp-1/


PEDROSO,Maraialice Faria;Bitterncourt,Circe (org.).Dicionário das Datas da História do Brasil.São Paulo:Editora Contexto,2007,304p.Distponível em: < http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=KDxd0XpIXJwC&oi=fnd&pg=PA51&dq=related:DhfmNpAsOW4J:scholar.google.com/&ots=6Yr0bw6cqD&sig=ZbdLI-0ErAvDwRqCVyGNjXcFqPw#v=onepage&q=&f=false > acesso em:5nov.2009,17:00.


Texto produzido por Elaine Lopes Penteado Fachin, aluna do 2º Semestre do Campus Dutra.

Sociedade de consumo

Vivemos em um tempo, em que o homem moderno é consumido pela velocidade da vida em busca do “progresso”.
Se limita a busca pelo sucesso e a vencer o outro.
O homem moderno se torna vítima de seus próprios desejos.
Nessa sociedade de consumo na qual vivemos, cria-se um ideal de felicidade, onde a felicidade se encontra no maior número de bens materiais que podem ser adquiridos, subentende-se que uma pessoa sem posses materiais não pode ser feliz.
Com esse ideal de felicidade e a busca incessante da realização do desejo, o homem moderno passa a buscar bens materiais para se satisfazer, ocorre portanto um mascaramento da felicidade, onde o indivíduo ao consumir estes produtos não se sente realizado, pois os meios de comunicação e a mídia sendo elas produtos do capitalismo, criam necessidades de consumo, como por exemplo a moda, assim ao consumir tais produtos podem saciar seus desejos apenas momentaneamente.
Como disse Theodor Adorno, filósofo, professor, escritor e compositor alemão, (1903-1969), “criando necessidades ao consumidor (que deve contentar-se com o que lhe é oferecido), a indústria cultural organiza-se para que ele compreenda a sua condição de mero consumidor”. Ou seja, ele é apenas e tão somente um objeto daquela indústria.
Cria-se, portanto uma felicidade artificial. Felicidade que é forjada nas academias, vitrines, shoppings centers, cirurgias plásticas e etc.
O homem moderno é prisioneiro do sistema que criou, como Winston, personagem central da obra 1984, de George Orwell, o homem passa a viver uma vida desprovida de sentido.
Seguindo o pensamento do escritor Irlandês, Oscar Wilde, (1854-1900), “Assim, atravessam a vida numa espécie rude de conforto, como animais domesticados, sem jamais se darem conta de que estão pensando pensamentos alheios, vivendo segundo padrões alheios, vestindo praticamente o que se pode chamar de roupas usadas do alheio, sem nunca serem eles mesmos por um único momento”.(pág.39)
Seu tempo livre e de lazer torna-se momento de consumo, para fugir do dia a dia.
O ser humano pára de penar filosoficamente e deixa de existir a sua criticidade, tornando a dominação de uma sociedade como essa mais fácil.
O escritor italiano Luigi Pirandello (1867-1936) disse, “que o fruto da engenhosidade da raça humana é na verdade criação do diabo”. Utilizando a sedução irresistível, o egoísmo e a ambição por status dos seres humanos, alcança o objetivo diabólico de gerar o caos nas cidades, o congestionamento das vias, a impossibilidade de estacionar, tudo seguido da paralisação urbana.
O homem moderno com tudo isso só consegui trocar a sua antes liberdade, assim como delegou a sua felicidade por estabilidade monetária e a não responsabilidade de decisões que interferem diretamente na sua própria vida.

Referências bibliográficas:
Huxley, Aldous, “Admirável mundo novo”. Editora: Globo 2007.
Orwell, George, “1984”. Editora: Nacional, 2009.
Wilde, Oscar, “A ama do homem sob o socialismo”. Editora: L&PM Pocket, Porto Alegre, 2009
http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_W._Adorno
Acessado 28/11/209, 20:01 min.


Texto produzido por Pierre Pinto Bittencourt, aluno do 2º Semestre do Campus Jabaquara.

A produção de "gado" continua a crescer no Brasil

Bem, a princípio o título deste Post pode até parecer não ter qualquer ligação com a História, mas em seu conteúdo procurarei traçar alguns paralelos, que talvez dêem alguma pista dessa ligação, tendo como foco a Educação. A Educação no Brasil continua abandonada e carente de projetos que a vincule a um caráter de emancipar o aluno, nos moldes apregoados e realçados por Paulo Freire em seu "Pedagogia da Autonomia".Alías, convém fazer uma ressalva, projetos existem e até aos montes, contudo não para propiciar a superação e transformação do atual "status quo", tanto da educação como da própria sociedade que está inserida.Com efeito, o único projeto que se mostra "competente" até aqui, é aquele que mantém a base histórica e clássica de uma educação dualista, que agora se esconde por trás do discurso de uma pseudo-inclusão social.Não se trata apenas de questionar a sistemática política e econômica mundial vigente, principalmente após o impacto do colapso do socialismo soviético e da penetração da economia de mercado até mesmo na China.De fato, até mesmo Cuba já acena com alguma possibilidade dessa abertura, diante da sua fragilização interna e da "sedutora" oferta do efeito Obama nos EUA.Na verdade, em se tratando de educação, ainda mais a básica, o embate ideológico parece inevitável no Brasil, que procura se portar como um novo baluarte dessa atual realidade socioeconômica e política do mundo.Para tanto nossos inigualáveis governantes e autoridades são capazes de pregar ao mundo esse nosso novo "status" de potência mundial, mesmo que, sob o prisma de bases exploratórias que outrora tanto questionaram e que, no entanto, permanecem imutáveis.Enquanto isso, internamente, continuam a ceder espaço para interesses de organizações empresariais, que desde sempre estiveram na crista da onda da economia e da política nacional, que permanecem no topo do poder.A Educação nesse ponto é apenas um joguete, ou mais do que isso, um hábil instrumento, mesmo porque, a classe média, enquanto pôde pagar teve a sua escola, a igreja sempre teve a sua escola e, agora, a indústria devidamente equipada por trás do SESC, e de seu presidente Paulo Skaf, apresenta a sua mais nova escola.
Notem que, todas esbanjando investimentos, inclusive do dinheiro público, por meio de isenções e incentivos fiscais, além de tecnologia de ponta, estrutura e, é claro,prometendo muita, mas muita produtividade.Enquanto isso a escola pública de base continua seu calvário mais que secular, que em determinado momento, pensou-se poderia mudar, quando uma "empobrecida" classe média apresentava sua grita por investimentos públicos que os deixassem "tranquilos"(inclusive no próprio bolso)em ver seus filhos nela matriculados.Contudo, talvez agora cansados, ou mais provavelmente convencidos, de que uma escola pública assim tão auspiciosa, poderia colocar em xeque todo o seu projeto elitista e hegemônico de dominação, resolveram continuar pagando (e bem) o estudo seletivo e especial que lhe é oferecido por particulares e, como sempre, pelo próprio Estado.Assim uma USP da vida, pelo menos enquanto permanecer sua alta qualidade, continuará sendo o "point" dessas elites, desenvolvendo seus projetos científicos com consagrações até no exterior, mas que em nada procura modificar a situação da maior parte da população, que é vista apenas como cobaia desses estudos e como tal, assim como ratos de laboratórios "devem" continuar como e onde estão.No mesmo sentido, para aqueles que, pela própria falta de espaço continuarem a cursar Universidades pagas e "especiais" , sempre haverá a possibilidade de uma MBA no exterior, cuja semelhança com aquela possibilidade de formação de alguns filhos de grandes fazendeiros do império e do início da república tupiniquim, não me parece assim tão distante.Todavia, o discurso é o de que hoje todos podem, que os competentes se estabelecerão, só resta saber, a quem se deixará chegar a ser competente e qual o grau dessa competência "permitida".Outrossim, parece oportuno lembrar de um texto que li do Professor Paul Singer, que alerta para o fato de que os próprios, que como ele, são defensores de uma educação democrática e social, deixam em seu discurso lacunas, que os oponentes liberais não cansam de explorar.De tal sorte que, a massa de seguidores e defensores do sistema vigente, continua a ser incrementada também por aqueles que, na falta de opção, são obrigados a trilhar uniformemente esse caminho que os põe na verdade no mesmo lugar de sempre, sustentando a mais valia para poucos, sem contar do controle sob intelecto alheio.Assim, nesse contexto não me parece que o título deste Post esteja assim tão dissociado de um significado histórico, tanto que, concluindo, creio também oportuno lembrar o grande Zé Ramalho num trecho da sua bela canção "Admirável Gado Novo" sobre essa questão de "gado":"Povo marcadoÊh! Povo feliz!..."

Referências:FREIRE, Paulo. "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa". São Paulo: Paz e Terra,1996.SINGER, Paul. texto produzido na Conferência de abertura da XVIII Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, outubro de 1995. Disponível em: http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE01/RBDE01_03_PAUL_SINGER.pdf - acessado em 28/10/09

Texto produzido por Sandro Luis de Santana, 2º Semestre do Campus Jabaquara.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mais um ano chega ao fim.É tempo de fazer um balanço de tudo o que aconteceu.É tempo de transformarmos:os momentos bons em novas energias, entusiasmo e principalmente esperança de todo que os nossos sonhos vão se realizar!os momentos maus em um lembretes para não cometermos novamente os mesmos erros no ano que vem.os momentos difíceis serem peças fundamentais de que tudo na vida passa e que esses momentos no futuro nos ajude a terem momentos felizes.É tempo de agradecermos a Deus por todos os momentos felizes que tivemos!




Feliz Natal e um Excelente Ano Novo!




(Professores e Diretoria do Curso de História)