quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Semana de Arte do século XX e o modernismo

Oficialmente o movimento modernista brasileiro inicia-se a partir do século XX, com três festivais realizados no Teatro Municipal de São Paulo. Representou um grande paço na arte contemporânea do Brasil, criou-se um novo conceito de poesia através da declamação, inovação na música com concertos, pinturas, esculturas e desenhos arquitetônicos, com correntes estéticas vindas da Europa no início do século.
O evento trouxe a quebra entre o velho e o novo, contando com o apoio da nata da sociedade paulista, mas toda essa inovação dispertou interesse e estranheza por parte do público, causando vaias da platéia enquanto Menotti Del Picchia apresentava a intenção e os objetivos do evento. O país naquele momento, vivia uma gradativa industrialização e em particular na cidade de São Paulo. Havia um começo de bem estar, sensação de euforia por parte dos jovens intelectuais brasileiros, por conta das festividades do Centenário da Independência.
A participação dos artistas na pintura contou com a presença de: Di Cavalcanti (autor da capa do trabalho), Anita Malfatti, Vicente Rego Monteiro, Zina Aita, John Graz, Martins Ribeiro, J.F.de Almeida Prado, Ferrignac e Hildegardo leão Velloso. Na volta dos estudos realizados na Europa, a pintora Tarsila do Amaral participa mais tarde ao grupo. Música: compositor Heitor Villa-Lobos, Guiomar Novais como interprete.
Arquitetura: Antônio Moyá e Georg Przirembel.
Toda essa ebulição artística e de cunho intelectual, trouxe positivamente um amadurecimento para as artes nacionais, dispertando os artistas para uma nova ideologia. Porém, Oswald de Andrade, apresentou-se debaixo de muitas vaias, Mario de Andrade, declamou a Paulicéia desvairada, também reprovado por parte da platéia. Anteriormente a Semana de 22, Lasar Segall (1913) e Anita Malfatti (1917), apresentaram suas exposições com severas críticas de Monteiro Lobato no artigo Paranóia ou Mistificação? A reação dos jovens foi imediata ao modelo acadêmico, a cópia e aos hábitos seguidos pela burguesia.
A Semana de arte de 22, com todos os seus contratempos, favoreceu a renovação no sentido nacionalista e configurou em vários movimentos e manifestos importantes rendendo até os dias de hoje para a valorização do que é nosso.


Referências
AMARAL, A. Aracy. Artes Plásticas na Semana de 22.5.ed.São Paulo:Editora 34,1998.336p.Disponível em:< http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=LHuZVkUgsP8C&oi=fnd&pg=PA9&dq=artes+plásticas+na+semana+de+22&ots=o0wygTAqfP&sig=pqBpDxgLSoO1> acesso em:5 nov.2009,15:00.

http://www.tarsiladoamaral.com.br/index_frame.htm

Fonte Iconográfica: Semana de arte de 22, Disponível em < http://www.dicavalcanti.com.br/dec20.htm > Acesso em: 5 de Nov.2009,18:00.

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=marcos_texto&cd_verbete=3758


http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.rede/arte-e-patrimonio/projetos-1/projeto-1/arte-brasileira-50-anos-de-historia-no-acervo-mac-usp-1/


PEDROSO,Maraialice Faria;Bitterncourt,Circe (org.).Dicionário das Datas da História do Brasil.São Paulo:Editora Contexto,2007,304p.Distponível em: < http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=KDxd0XpIXJwC&oi=fnd&pg=PA51&dq=related:DhfmNpAsOW4J:scholar.google.com/&ots=6Yr0bw6cqD&sig=ZbdLI-0ErAvDwRqCVyGNjXcFqPw#v=onepage&q=&f=false > acesso em:5nov.2009,17:00.


Texto produzido por Elaine Lopes Penteado Fachin, aluna do 2º Semestre do Campus Dutra.

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