quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sociedade de consumo

Vivemos em um tempo, em que o homem moderno é consumido pela velocidade da vida em busca do “progresso”.
Se limita a busca pelo sucesso e a vencer o outro.
O homem moderno se torna vítima de seus próprios desejos.
Nessa sociedade de consumo na qual vivemos, cria-se um ideal de felicidade, onde a felicidade se encontra no maior número de bens materiais que podem ser adquiridos, subentende-se que uma pessoa sem posses materiais não pode ser feliz.
Com esse ideal de felicidade e a busca incessante da realização do desejo, o homem moderno passa a buscar bens materiais para se satisfazer, ocorre portanto um mascaramento da felicidade, onde o indivíduo ao consumir estes produtos não se sente realizado, pois os meios de comunicação e a mídia sendo elas produtos do capitalismo, criam necessidades de consumo, como por exemplo a moda, assim ao consumir tais produtos podem saciar seus desejos apenas momentaneamente.
Como disse Theodor Adorno, filósofo, professor, escritor e compositor alemão, (1903-1969), “criando necessidades ao consumidor (que deve contentar-se com o que lhe é oferecido), a indústria cultural organiza-se para que ele compreenda a sua condição de mero consumidor”. Ou seja, ele é apenas e tão somente um objeto daquela indústria.
Cria-se, portanto uma felicidade artificial. Felicidade que é forjada nas academias, vitrines, shoppings centers, cirurgias plásticas e etc.
O homem moderno é prisioneiro do sistema que criou, como Winston, personagem central da obra 1984, de George Orwell, o homem passa a viver uma vida desprovida de sentido.
Seguindo o pensamento do escritor Irlandês, Oscar Wilde, (1854-1900), “Assim, atravessam a vida numa espécie rude de conforto, como animais domesticados, sem jamais se darem conta de que estão pensando pensamentos alheios, vivendo segundo padrões alheios, vestindo praticamente o que se pode chamar de roupas usadas do alheio, sem nunca serem eles mesmos por um único momento”.(pág.39)
Seu tempo livre e de lazer torna-se momento de consumo, para fugir do dia a dia.
O ser humano pára de penar filosoficamente e deixa de existir a sua criticidade, tornando a dominação de uma sociedade como essa mais fácil.
O escritor italiano Luigi Pirandello (1867-1936) disse, “que o fruto da engenhosidade da raça humana é na verdade criação do diabo”. Utilizando a sedução irresistível, o egoísmo e a ambição por status dos seres humanos, alcança o objetivo diabólico de gerar o caos nas cidades, o congestionamento das vias, a impossibilidade de estacionar, tudo seguido da paralisação urbana.
O homem moderno com tudo isso só consegui trocar a sua antes liberdade, assim como delegou a sua felicidade por estabilidade monetária e a não responsabilidade de decisões que interferem diretamente na sua própria vida.

Referências bibliográficas:
Huxley, Aldous, “Admirável mundo novo”. Editora: Globo 2007.
Orwell, George, “1984”. Editora: Nacional, 2009.
Wilde, Oscar, “A ama do homem sob o socialismo”. Editora: L&PM Pocket, Porto Alegre, 2009
http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_W._Adorno
Acessado 28/11/209, 20:01 min.


Texto produzido por Pierre Pinto Bittencourt, aluno do 2º Semestre do Campus Jabaquara.

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