sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fases e Resultados da Revoluções Industriais

A primeira fase da revolução industrial Inglesa foi fruto da exploração do capitalismo do Campo. A Lã domina no inicio a produção têxtil, voltada para o mercado interno. Como os trabalhadores ainda eram especializados, a mão de obra, se comparada, a outras regiões da Europa, era cara (ainda que se paga se muito pouco) Fazendo que os trabalhadores pudessem consumir produtos e bens de consumo mais duráveis. A principal característica desta fase, entre 1760 e 1850, é a maquina vapor.
Para diminuir os custos destes bens era necessário alterar a produção: os produtos deveriam ser mais baratos e durar menos, para que sua substituição fosse rápida, gerando mais lucros. A Indústria da Lã por sua vez, era protegida por uma rígida legislação em posta pelas guildas, alem de confeccionar um produto de lenta reposição no mercado. O algodão das colônias foi a matéria prima ideal para expandir a revolução buscando novos mercados fora da Inglaterra.
Em meados do XIX, uma nova fase da industrialização, marcada pela estreita relação entre a ciência e a tecnologia, iniciou se, causando um novo surto de desenvolvimento capitalista.
As grandes indústrias passaram a montar laboratórios próprios afim desenvolveram novas matérias e produtos. Foi um momento de significativos avanços tanto na produção como da circulação de mercadorias.
Essa segunda revolução industrial foi marcada por uma queda no setor têxtil e um aumento na produção de carvão e ferro, amplamente utilizados na construção das ferrovias.
Atualmente, o aço tomou o lugar do ferro e a eletricidade passou a ser usada como principal fonte de energia. O surgimento do motor a explosão possibilitou a criação dos automóveis e a indústria do petróleo. Com a linha de montagem fabril, que aumentou a produção por meios da mecanização, novas formas divisão de trabalhos foram instituídas. Dentre elas destacaram se o taylorismo e o fordismo, que propunham a organização “científica” do trabalho, visando a otimização da produção, baixando custos com bases na organização na seqüencial interdependente das tarefas.
Em geral o Estado foi o maior incentivador desta fase da industrialização, investindo em educação tecnológica, facilitando politicamente os rumos da economia e tornando se o maior consumidor das indústrias de seu país.
A construção de ferrovias foi à principal válvula de escape para aliviar a pressão advinda da acumulação de capital gerada pelas atividades industriais. Quando o acumulo chegou a um nível no qual o reinvesti mento em atividades industriais passou a ser inviável, outro setor da economia começou a ganhar importância: o financeiro. Inúmeros bancos passaram a capitanear essa nova ordem econômica, por meio de empréstimos e controle acionário.
A situação somada aos progressos nas indústrias causou uma produção desenfreada que o mercado não podia mais absorver. Dessa forma os preços dos produtos, e os lucros dos industriais baixaram muito. A saída para crise da superprodução deu-se de maneira diferentes entre a Alemanha e Inglaterra, principais potências indústrias do período.
No caso alemão, a criação de cartéis e o protecionismo estatal possibilitaram melhorias nas técnicas de produção. Os investimentos estatais na indústria pesada, principalmente nos ramos bélico, metalúrgico, siderúrgico e químico, geraram uma grande militarização do país. A Inglaterra por sua vez, buscou sair da crise investindo ainda mais no setor financeiro. Nessa época a libra tornou-se o padrão nas transações internacionais.
Do outro lado do Atlântico, os EUA buscaram uma síntese dos dois processos. Vencendo a recessão enfrentada após a Guerra Civil, as indústrias do país passaram a competir no mercado internacional. Fusões de indústrias de um mesmo seguimento possibilitaram o controle da produção e da distribuição de mercadorias, regrando a oferta, a demanda e, conseqüentemente, os preços. Conhecidas como trustes, diferenciam-se dos cartéis por se constituírem como entidades corporativas. Entretanto, o governo americano passou a legislar contra a formação e a atuação de cartéis e trustes, visando a manutenção da livre concorrência. Os industriais, então, formularam um novo estratagema no qual um grupo passava a ter controle acionário de inúmeras indústrias, possibilitando o monopólio sobre setores de produção. A eficiência da saída dos EUA fez com que o país, já no final do século XIX, desapontasse como ma grande potência mundial.

Paulo Cesar Queiroz, aluno do 6ºsemestre de História, campus Dutra.


Referência Bibliográfica:

HENDERSON, William Otto. A revolucao industrial: 1780-1914. São Paulo: Verbo, 1979. 219 p.


Anexos:

http://almocogratis.blogspot.com/2009/06/por-que-revolucao-industrial-comecou-na.html

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